domingo, 17 de junho de 2012

Mais uma de incompreensão

Eu decididamente não compreendo a forma humana de gostar. Na sua maioria se trocam juras de fidelidade e companheirismo, porém, não há o comprometimento em cumprir com o dito. Tudo bem, é pelo direito de liberdade que se diz e desdiz sem culpa alguma. Mas que saibam todos, ser deliberadamente egoísta é como casar-se com o vazio e esperar que o mesmo nos preencha.

sábado, 16 de junho de 2012

Querido leitores...

Gostaria de me desculpar. Em primeiro lugar por estar deliberadamente evitando este espaço e por segundo, por não revisar meus textos. Prometo tentar ter mais cuidado para não deixar passar tantos erros de pontuação. Eu me sinto tão ligada emocionalmente com os textos que não consigo me desapegar para revisar com um olhar técnico, mas o farei. Ah, e a razão que me faz evitar este espaço? Explico quando voltar.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Dia dos namorados?

Passado o dia dos namorados o que fica é a lembrança.
Estrelando, minha mama:

- Ester, eu queria um poema sobre os dias dos namorados.

- Mãe, grandes merda o dia dos namorados ¬¬. Eu não quero pegar poema nenhum.

-Eu não tenho culpa se você não tem namorado. Eu tenho.

pausa dramática...

- Olha, tem esse aqui que é bem legal....

sexta-feira, 8 de junho de 2012

As cartas que não entreguei

2.

 Anjo (desculpa, mas ainda não sou capaz de te ver de outra forma), ontem ao colocar minha cabeça no travesseiro lembrei de você com intensidade. Provavelmente não teve tempo de passar seus pensamentos por mim, porém, se o fez por um segundo garanto-lhe que fui capaz de ouvir. Caso não tenha feito, falha minha. Possível que eu tenha chacoalhado( agora percebo que nunca escrevi essa palavra) fortemente minha cabeça  e tudo não passou de lembranças lembradas.


  Enfim, é melhor que eu escreva tudo o que se passa na minha mente antes que a coragem se vá. Pensando em você me perguntei como anda. Sei lá, não sei se tem alguém que se interesse por seu dia, suas vontades, sonhos e futilidades como eu. Ainda me veste mal o papel passivo de ex-qualquer-coisa. Me pergunto se nisso tudo você não é quem está certa. Talvez dizer adeus sem pesar seja o caminho, mas por que eu ainda não o fiz? Creio que eu queira olhar fundo nos seus olhos antes de ir. Eu que sempre lhe acusava de má entendedora e é a mim que as meias palavras não bastam. E lá fui eu me desviar das motivações que me colocaram a empunhar a caneta. 

  Você já sentiu como se tudo que se ergue ao seu redor fosse falso ou ausente de conforto e em seguida desejou voltar no tempo em que você nem cogitava a possibilidade de tais questões? Às vezes procuro em mim certos momentos. Uns conquistei, mas outros ainda sinto me faltar para todo o sempre. Aqueles em que saber de você era divertido.Sinto falta de quando riamos como amigas. Sinto falta de quando riamos por ser bom. Eu era boa e você era boa também.


  É tão amargo tentar encontrar razões para seguir em frente. É tão chato não ter você na minha vida. Pensar que nos damos tão bem (e que já nos fizemos bem) torna o ato de renunciar um pecado. Só por isso sinto o desejo de querer ser sua amiga. Mas me desconforta a sua timidez sempre que tentamos nos reaproximar. Ok, talvez eu não ajude muito, mas quem pode me culpar? De tudo o que se foi só o vazio que a amizade deixou ainda incomoda. Deveríamos ter dosado na cumplicidade, não acha?

As cartas que não entreguei

  1.

  Eu quis ser livre e por isso fugi. Me escondi de você no canto escuro de uma praça mal frequentada. Vim buscar por solidão, mas agora todos os olhos que me rodeiam parecem me seguir. Como se fosse possível um ser se tonar mais importante do que qualquer trivialidade conversada. Bom, neste momento me parece bem possível. Isso faz com que eu me sinto cansada, com falta de ar. Sabe a última gaveta? A gaveta de tralhas? Eu me sinto a última gaveta. Por vezes acumulo tralha e pó, outras vezes acumulo pó e tralha. Tudo isso porque depositei minhas esperanças em um único momento que custa  a me abraçar. Deus, agora eu entendo. Eu sou o tédio.

  Escolhi por insegurança não abandonar o envelhecido. Marinei no mofado e acabei por me transformar no mofo. Acredito que o passado tenha a sua validade. Acredito não ser saudável revivê-lo mais do que o aceitável, mas é a única fumaça que tenho nesse exato momento. Não posso evitar de fumá-la.

  Tudo bem, não vou me apressar por tão pouco. Não tem razão para esquecer ainda. Ninguém me espera do outro lado. Sim, esse é o motivo. Me falta razão suficiente para esquecer , pois nunca fui de fazer por fazer. O desejo esteve lá quando me faltava explicação, porém, como agora ele se ausenta e, claro que também não tenho explicação, exito. Confesso que o ato de pensar na ferida tornou-se mais um hábito. Tranformou-se de maneira restrita em um ritual (sadomasoquista, admito) sem importância. Meus delírios estão perdendo o valor e a cada dia que passa sinto se aproximando a necessidade de continuar a vida. Deliberadamente me neguei a viver, mas não é com com vontade igual que se faz o caminho reverso. Depois que se opta pela não progressão da vida seu tempo desacelera. Se você não morre fisiologicamente, a natureza irá impôr. Tão certo como o Sol que se põe a nascer todas as manhãs, a vida precisa seguir seu curso e eu, obrigatoriamente tenho que voltar a viver.

  Bom seria se eu aceitasse tudo o que o acaso me dá com resignação. Nunca fui boa em ouvir. Nunca tive vocação para aceitar ordens. Nunca tive paciência para receber orientação. Na minha juventude mamãe sempre me dizia o que fazer, sentir e pensar. Hoje, mamãe que sempre dizia não fala mais. É, a sabedoria arrogante me caiu bem, por isso, convenci a todos que isso era bom. Agora choro amargamente na prisão que forjei com minha mente e ninguém até hoje veio me tirar de lá. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

You’ll never gonna be alone

You'll nerver gonna be alone
enve if you don't see,
even if you don't say no
always have somone to count.
You're free to say no, but
why if you're also free to say yes?
Say yes and don't be afraid.
The tremor will pass because you're never gonna be alone
So, little girl
give to the world and life a little patience and in the end, the life plus the word, they'll give everything your dreams will dream.
I can't be there to see,
but i know,
i know somone will be there to see for me

terça-feira, 5 de junho de 2012

Beetlejuice,Beetlejuice,Beetlejuice!

A vida é dura, mas por alguma razão eu permaneço em pé. Tudo bem, estar de pé nunca foi a questão. A grande questão é se já morri e me esqueci de deitar. Seu eu pudesse desejar a partir dessa sentença, desejaria que de todo o modo fosse verdadeira. Assim teria paz. Só eu sei da angustia que me penetra a carne por permanecer ali, parada. Triste é tanto andar sem ter onde chegar. Vendi minha habilidade de sonhar para comprar força bruta. E de que me serve força bruta se desaprendi a andar na rua? Hoje sou andante de esteira. Presa em meus próprios pânicos quando tudo o que me bastava era estar presa em suas pernas. Quero que tudo vire fumaça. Quero a facilidade de poder tragar a vida toda em um só momento. Nada de um dia por vez. Vou encontrar quem queira enlouquecer e enlouquecer. Vou encontrar você que lê minhas palavras e entende o que eu digo. Eu vou, já que esqueci de deitar. Não importa o que, mas eu vou.