quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sou fera, sou bicho, sou anjo, sou mulher...

É  possível que de tanto passar por um caminho levando um saquinho com sementes de jasmim, que algumas tenham caído sem que eu tenha percebido? É possível que tenham sido regadas com meu suor? Pouco provável, mas possível porque deu flor, cresceu vida.

Essa metáfora ilustra amizades inesperadas, coisa que eu tenho vivido ultimamente. Pessoas que entraram na minha vida para definitivamente me salvar. 


Um dia sem chegadas ou despedidas os encontrei. Eles já estavam lá, cada um em sua posição para impedir que eu caísse e eu os amei por isso.Meus juramentos e promessas em nome dos que já foram emocionalmente foi perdoado pelo frescor das novas amizades. Estou livre dos meus fardos, da minha cruz, dos meus fantasmas. Na teoria. Mas isso não vem ao caso. Todos sabem que esquecer é um processo, porém, se fastar é o começo inevitável dessa jornada.

Enfim,

Sentada no banco sozinha me pus a chorar
Chorar pelos amigos, amores e sabores
Tudo a mesma parte de diversas dores
Todas vindas do peito magrelo, do soluço amargo, da mágoa truncada

Sentada no banco...
Quem é você? E você ? E você?
Nós somos nós
Todos a mesma parte de alguém
Somos você e você nós

Sentados no banco eles e eu
Todos uma parte de uma mesma cor
sem magrelo-soluço-truncado
Sem mágoa da dor amarga

e.

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